
Que famosos vendem em capas de revistas não é nenhuma novidade, porém, parece que o mercado editorial foi tomado por uma nova febre: editores de moda. Quando as modelos tradicionais são tratadas apenas como um padrão físico almejado e blogueiros elevados a nível de celebridade, os editores são uma opção com mais credibilidade e que expressam maior autoridade em questão de estilo, afinal, eles têm acesso a tudo que qualquer fashionista (não gosto muito do termo, mas cabe aqui) sonha.

Poderia citar aqui uma dezena de nomes, porém, Anna Dello Russo é a que mais exemplifica o que quero mostrar. A editora da Vogue Nippon já foi pauta de inúmeros veículos de grande repercussão, na maioria das vezes seu estilo extravagante e seu guarda-roupas (invejado por muitos) são o foco das matérias.


A última capa da 10 Magazine traz Anna de uma maneira muito despojada, comemorando o aniversário da publicação. Na Hercules Magazine N° 12, Dello Russo foi clicada por Giampaolo Sgura (o mesmo da 10 Magazine) e ganhou um perfil com duas páginas. Já na W Magazine foi fotografada por Juergen Teller (o mesmo que já clicou campanhas da Missoni, Celine, Marc Jacobs e Vivienne Westwood) em uma matéria intitulada "Little Miss Maximalist", que resume muito bem seu estilo.
Toda essa atenção em volta da editora me fez lembrar de outra Anna, que também é, digamos assim, um tanto quanto excêntrica, e da qual sou fã: Anna Piaggi, da Vogue Italia. Diferentemente da Dello Russo, Piaggi nunca teve tanta exposição na mídia, mas é muito conhecida e respeitada no meio. Amiga intima de Karl Lagerfeld e Stephen Jones, entre outros grandes nome da moda mundial.


Talvez uma das primeiras editoras a alcançar o status de ícone tenha sido Diana Vreeland, falecida em 1989, um dos grandes nomes história da Harper's Bazaar. Além de uma personalidade forte, Diana era dona de um estilo único, eternizado pelas lentes de Richard Avedon e Francesco Scavullo.


Grace Coddington, a ruiva mais respeitada do mundinho, fez o caminho inverso da maioria: começou como modelo na década de 60 para se tornar diretora criativa da Vogue America, uma das principais funções dentro da revista, trabalhando ao lado da todo-poderosa Anna Wintour, que assim como Carine Roitfeld e Franca Sozzani nem é preciso falar muito.


Em 2009, Grace ganhou notoriedade ao aparecer no documentário The September Issue, no qual fica evidente seu poder e influência dentro desta, que (não dá para negar) é uma das mais importantes publicações do mercado.
Neste time também podemos incluir Isabella Blow, que dentre todas as citadas, é minha favorita. A madrinha de Alexander McQueen, que cometeu suicídio em 2007, é com certeza uma das figuras mais extravagantes e que mais despertou interesse da mídia.

Além de musa do chapeleiro Philip Treacy, Blow participou de um filme de Wes Anderson em 2004. Também chegou a trabalhar diretamente com Ms. Wintour, porém foi na Tatler Magazine, ao lado de Michael Roberts, que ela se tornou respeitada.
